Seguros para cyber somam mais de R$ 110 milhões até agosto
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Seguros para cyber somam mais de R$ 110 milhões até agosto

Cifra representa aumento de mais de 73% em relação ao mesmo período de 2021, quando atingiu o valor de cerca R$ 63 milhões em prêmios

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que a carteira de seguro de cibersegurança registrou, como esperado, um crescimento exponencial de janeiro a agosto, fechando o período com mais de R$ 110 milhões em prêmios emitidos. Isso representa um aumento de mais de 73% em relação ao mesmo período de 2021, quando atingiu o valor de cerca R$ 63 milhões em prêmios. Segundo a instituição, o mercado de  seguro de cibersegurança obteve três dígitos de crescimento em 2020 (130,8%) e em 2021 (173,7%).

Para a superintendente da área técnica e novos negócios da corretora Finlândia Seguros, Kamila Souza, o crescimento da demanda por seguros se deve ao fato de os crimes cibernéticos gerarem prejuízos em cascata, que extrapolam perdas financeiras, podendo comprometer também a imagem e a reputação de uma marca. “Uma indústria de alimentos automatizada, por exemplo, pode sofrer um ciberataque ao seu sistema de produção e comprometer a qualidade dos produtos, colocando em risco a saúde dos consumidores.”  

A consultora de seguros observa que não existe uma tecnologia ou solução capaz de oferecer uma garantia de 100% contra todos os riscos cibernéticos.  “E não é o setor ou o porte da empresa que define sua vulnerabilidade a crimes digitais. Hoje, a equação ‘tecnologia mais reserva financeira ou giro de capital, mais seguro’ se mostra vital para qualquer empresa”, afirma.

Segundo Kamila, a procura por seguro cibernético vem aumentando principalmente entre médias e grandes empresas, embora esteja disponível e cada vez mais necessário para as pequenas também. Por issoela diz que a proteção é customizada conforme as necessidades da empresa, seja ela pequena, média ou grande. “Basicamente, o produto irá cobrir os prejuízos gerados por um ciberataque, seja pela interrupção das suas atividades ou por uma ação judicial envolvendo terceiros.”

Para a contratação do seguro, a consultora explica que é feita uma análise de riscos e um item que tem peso nesse processo é o plano de contingência. Ou seja, a capacidade de continuidade e recuperação do negócio e suas operações após um ataque cibernético. O mapeamento de riscos analisa a vulnerabilidade do sistema; riscos digitais inerentes à atividade fim; compliance de segurança digital; investimentos em tecnologias de prevenção; existência de plano de contingência; mensuração dos riscos e possíveis perdas; boas práticas (senhas, antivírus, treinamento de usuários, campanhas de conscientização); entre outros itens.

Fonte: CQCS
https://portales.com.br/bio

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