A Influência da Idade Paterna na Saúde Reprodutiva e no Bem-Estar da Nova Geração
As implicações adversas da idade paterna são de suma importância e podem manifestar-se de diversas maneiras, a começar pela incapacidade do embrião de sustentar uma gestação, ou, na eventualidade de o processo gestacional se concretizar, a qualidade da gravidez pode ser comprometida, elevando assim o risco de abortos espontâneos e até mesmo de condições patológicas no feto.
No que tange ao aspecto materno, a comunidade científica já estabeleceu um entendimento robusto sobre as potenciais complicações que podem advir da gestação em mulheres de idade mais avançada. Contudo, os riscos inerentes à paternidade tardia ainda são um tema que merece maior atenção.
“A literatura acadêmica demonstra uma prevalência substancial de estudos que abordam a idade feminina em comparação aos que exploram a idade masculina. Uma simples pesquisa no PubMed revela a existência de 65 mil publicações dedicadas à análise da idade materna, enquanto apenas 5.000 trabalhos se debruçam sobre a idade paterna. Essa disparidade explica a elevada conscientização acerca da saúde da prole em relação aos riscos associados à idade do pai”, observa o Dr. Zylbersztejn.
Para o especialista, ainda perpassa uma questão cultural que permeia a fertilidade masculina: a concepção de que o homem é capaz de produzir sêmen ao longo de toda a sua vida, levando à crença de que pode assumir a paternidade em qualquer fase da vida, sem que isso suscite maiores preocupações.
“Contudo, essa percepção não é correta. A partir dos 35 anos, os homens começam a sofrer prejuízos na qualidade dos espermatozoides. Nesse período, também inicia-se, de forma insidiosa, a fragmentação do DNA, cujo impacto se torna ainda mais significativo a partir dos 45 anos. Embora o homem possa manter a capacidade de concepção natural por um extenso período, a qualidade do sêmen não se mantém na mesma proporção.”
Estudos acadêmicos têm associado a idade paterna a uma gama de problemas, incluindo anomalias congênitas, cânceres infantis e desfechos perinatais desfavoráveis. Um estudo publicado em 2018 no Journal of Assisted Reproduction and Genetics evidencia o aumento dos riscos relativos de diversas patologias em filhos de pais com idade superior a 40 anos: nanismo (12 vezes mais); tumor renal (2,1 vezes); retinoblastoma (5 vezes); neurofibromatose (2,9 vezes); doenças cardíacas (2 vezes); fissura labial e fenda palatina (1,4 vez); e autismo (5,75 vezes).
À luz dessas evidências, a Associação Americana de Urologia e a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomendam que homens a partir dos 40 anos sejam adequadamente orientados sobre esses potenciais riscos. “É imperativo transformar a ideia de que apenas a mulher enfrenta os desafios do envelhecimento e que as complicações gestacionais estão exclusivamente associadas a ela”, enfatiza o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
“O homem também envelhece e possui limitações biológicas que impactam a reprodução e a saúde dos filhos. Este estudo [publicado no JAMA Network Open] reitera a necessidade premente de aumentar a conscientização entre casais que optam por ser pais em uma idade mais avançada.”
Consequências Adversas de Alterações Genéticas
As repercussões associadas à idade paterna podem manifestar-se de diversas maneiras, incluindo a incapacidade do embrião de sustentar uma gestação ou, na eventualidade de a gravidez se concretizar, a qualidade da gestação pode ser comprometida. Isso, por sua vez, eleva os riscos de abortos espontâneos e a possibilidade de condições patológicas no feto.
Em relação ao aspecto materno, o corpo científico já estabeleceu um entendimento sólido sobre as potenciais complicações que podem surgir na gestação de mulheres em idade mais avançada. Entretanto, os riscos inerentes à paternidade tardia ainda carecem de uma análise mais aprofundada.
“A literatura acadêmica apresenta uma quantidade significativa de estudos que abordam a idade feminina, em contraste com a escassez de investigações sobre a idade masculina. Uma pesquisa simples no PubMed revela 65 mil publicações focadas na idade materna, enquanto apenas 5.000 trabalhos exploram a idade paterna. Essa disparidade explica a elevada conscientização acerca da saúde da prole em comparação com os riscos associados à paternidade tardia”, observa o Dr. Zylbersztejn.
O especialista também salienta que persiste uma questão cultural a respeito da fertilidade masculina: a noção de que o homem é capaz de produzir sêmen ao longo de toda a vida, levando à crença de que pode assumir a paternidade em qualquer fase da vida sem que isso suscite maiores preocupações.
“Contudo, essa visão é equivocada. A partir dos 35 anos, os homens começam a enfrentar prejuízos na qualidade dos espermatozoides. Nesse intervalo, inicia-se, de forma gradual, a fragmentação do DNA, um fenômeno que se torna ainda mais relevante a partir dos 45 anos. Embora o homem possa manter a capacidade de concepção natural por um período prolongado, a qualidade do sêmen não permanece inalterada.”
Diversos estudos acadêmicos têm estabelecido uma correlação entre a idade paterna e uma série de problemas, incluindo anomalias congênitas, cânceres infantis e desfechos perinatais desfavoráveis. Um estudo publicado em 2018 no Journal of Assisted Reproduction and Genetics ilustra os riscos relativos aumentados de diversas condições patológicas em filhos nascidos de pais com idade superior a 40 anos: nanismo (12 vezes mais); tumor renal (2,1 vezes); retinoblastoma (5 vezes); neurofibromatose (2,9 vezes); doenças cardíacas (2 vezes); fissura labial e fenda palatina (1,4 vez); e autismo (5,75 vezes).
À luz dessas evidências, a Associação Americana de Urologia e a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomendam que homens com 40 anos ou mais sejam adequadamente aconselhados sobre esses potenciais riscos. “É fundamental transformar a percepção de que somente as mulheres enfrentam os desafios do envelhecimento e que as complicações gestacionais estão estritamente associadas a elas”, enfatiza o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
“O homem também envelhece e possui limites biológicos que impactam a reprodução e a saúde da prole. Este estudo [publicado no JAMA Network Open] reitera a necessidade premente de ampliar a conscientização entre casais que optam por ser pais em uma idade mais avançada.”
“Não obstante, essa concepção é equivocada. A partir dos 35 anos, os homens começam a enfrentar detrimentos na qualidade dos espermatozoides. A partir dessa faixa etária, inicia-se de maneira gradual a fragmentação do DNA, um fenômeno que se torna ainda mais significativo a partir dos 45 anos. Embora o homem mantenha a capacidade de concepção natural por um período prolongado, a qualidade do sêmen já não é a mesma.”
Estudos científicos têm demonstrado uma correlação entre a idade paterna e a ocorrência de diversas complicações, incluindo anomalias congênitas, cânceres infantis e desfechos perinatais adversos. Uma pesquisa publicada em 2018 no Journal of Assisted Reproduction and Genetics revela um aumento nos riscos relativos de várias patologias em filhos de pais com mais de 40 anos: nanismo (12 vezes mais); tumor renal (2,1 vezes); retinoblastoma (5 vezes); neurofibromatose (2,9 vezes); problemas cardíacos (2 vezes); fissura labial e fenda palatina (1,4 vez); e autismo (5,75 vezes).
Com base nessas evidências, a Associação Americana de Urologia e a Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva recomendam que homens a partir dos 40 anos sejam devidamente informados sobre esses riscos potenciais. “É imperativo mudar a noção de que apenas as mulheres enfrentam os desafios do envelhecimento e que as complicações gestacionais estão exclusivamente associadas a elas”, destaca o urologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
“O homem também envelhece e possui limitações biológicas que impactam a reprodução e a saúde dos descendentes. Este estudo [publicado no JAMA Network Open] reitera a urgência de ampliar a conscientização entre casais que optam por ser pais em uma idade mais avançada.”