Divisão Entre Pastores de Direita e Esquerda na Cadeeso Agita os Bastidores Políticos da Serra
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Divisão Entre Pastores de Direita e Esquerda na Cadeeso Agita os Bastidores Políticos da Serra

Nos bastidores da Convenção das Assembleias de Deus do Espírito Santo (Cadeeso), um racha vem ganhando destaque, gerando constrangimento e agitando o cenário político da eleição municipal na Serra. A divisão interna reflete uma batalha ideológica entre duas alas de pastores: de um lado, os mais conservadores, alinhados à direita, e do outro, uma ala mais liberal e progressista.
A ala conservadora defende que a Cadeeso deve retirar seu apoio ao candidato Weverson Meireles, após descobrirem que seu Plano de Governo contempla pautas da comunidade LGBT, incluindo debates sobre sexualidade em escolas de educação infantil. Para esses pastores, a agenda proposta por Meireles fere os valores defendidos pela igreja, principalmente no que tange à proteção das crianças e à preservação da moral familiar.
Em contrapartida, a ala mais liberal, composta por pastores com ideologia de esquerda, não vê motivos para romper o apoio à candidatura de Meireles. Para eles, as pautas em questão não representam um problema e são compatíveis com uma visão de maior inclusão e diversidade.
Esse embate culminou em um constrangimento público na última segunda-feira (14), quando circulou nos jornais a informação de que a Cadeeso teria decidido abandonar a campanha de Weverson Meireles. No entanto, o segundo secretário da Convenção, Pastor Gersílio, que não é residente da Serra nem pastoreia na cidade, veio a público afirmar que não participou de nenhuma reunião sobre o assunto e que, portanto, a decisão poderia não ser definitiva.
Apesar da declaração de Gersílio, o mal-estar entre os pastores da Cadeeso é evidente, e a pressão dos fiéis para que a convenção se distancie da campanha de Weverson Meireles cresce a cada dia. A resistência de alguns pastores, como o próprio Pastor Gersílio, em manter o apoio, levanta suspeitas de que interesses políticos externos possam estar influenciando a postura de certas lideranças.
Há rumores de que Gersílio, que também ocupa o cargo de subsecretário no governo estadual, esteja sendo pressionado a permanecer fiel à campanha de Meireles, apesar do clamor por uma ruptura dentro da convenção.
O futuro do apoio da Cadeeso ao candidato Weverson Meireles é incerto, e o cenário político na Serra, especialmente no segundo turno, continua a se desenvolver com novos desdobramentos. A pressão das bases conservadoras e o possível envolvimento de interesses políticos externos colocam em cheque a unidade da convenção, deixando no ar a pergunta: até que ponto a Cadeeso estará disposta a manter sua posição, mesmo com suas divergências internas?
Veremos as cenas dos próximos capítulos dessa novela que mistura religião e política no calor da disputa eleitoral na Serra, Espírito Santo.

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