Tortura Psíquica: A Principal Violação Relatada por Pessoas LGBTQIA+, Aponta Disque 100
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Tortura Psíquica: A Principal Violação Relatada por Pessoas LGBTQIA+, Aponta Disque 100

Mais de 7 Mil Queixas contra Direitos Humanos Foram Registradas Neste Ano; Homens Gays e Pessoas Transexuais e Travestis São as Maiorias das Vítimas

 

No transcurso deste ano, o Disque 100, plataforma vinculada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), registrou mais de 7.100 denúncias provenientes de indivíduos LGBTQIA+, conforme dados recentemente divulgados pelo ministério, nesta segunda-feira (18). Este índice representa um aumento alarmante de quatro vezes em comparação ao mesmo período de 2020, quando o total de queixas havia sido de 1.800.

Dentre as violações mais recorrentes, destacam-se a tortura psíquica, que alcançou 17,61% das denúncias, o constrangimento, com 15,35%, e a ameaça ou coação, que constituiu 11,34% dos relatos.

A maior parte das denúncias provém de homens gays (2.631), seguidos por pessoas transexuais e travestis (1.506), lésbicas (1.255) e bissexuais (1.026). O ministério ressalta, ainda, que o ambiente virtual figura entre os três cenários mais mencionados, com 556 denúncias, ficando atrás apenas do domicílio da vítima (2.489) e do local de residência compartilhada entre a vítima e o agressor (1.497).

 

Parceria com o Grindr: Um Compromisso com a Segurança e os Direitos Humanos

Na última sexta-feira (15), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) formalizou uma parceria estratégica com o aplicativo de relacionamento Grindr. Com o objetivo de intensificar o combate à violência e discriminação, a plataforma passou a exibir um alerta em sua interface, com a mensagem: “Não toleramos violência!”. Ao clicar nesse aviso, o usuário é imediatamente redirecionado ao banner “Se rolar close errado, Disque 100”, reforçando a importância de denunciar quaisquer abusos.

O Grindr, um dos aplicativos mais populares no cenário global, especialmente entre homens homossexuais, conta com cerca de 14,5 milhões de usuários ativos mensais. A plataforma, reconhecida por sua grande adesão e impacto social, compromete-se com a promoção de uma cultura de segurança, responsabilidade e apoio à comunidade LGBTQIA+.

Em sua declaração, Steph Niaupari, gerente do Grindr for Equality, enfatizou o compromisso da empresa com a proteção dos direitos dos seus usuários. “Essa colaboração sublinha nosso compromisso em promover a segurança, os direitos e a defesa da população LGBTQIA+ em todo o Brasil, fornecendo aos nossos usuários um recurso confiável para denunciar qualquer incidente de discriminação ou violência”, afirmou. A parceria busca não apenas a conscientização, mas também assegurar um ambiente mais seguro e acolhedor para todos os envolvidos.

 

Como Denunciar?

As vítimas de violência e discriminação podem registrar suas denúncias de maneira acessível e descomplicada, utilizando diversos canais de comunicação, como o WhatsApp, o Telegram e as tradicionais ligações telefônicas através do Disque 100.

É importante destacar que as denúncias são garantidamente anônimas e gratuitas, oferecendo a segurança necessária para aqueles que buscam proteção sem expor sua identidade. Além disso, o serviço também está preparado para atender pessoas surdas ou com deficiência auditiva, por meio de videochamadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras) ou por atendimento especializado via bate-papo, assegurando a inclusão e o acesso a todos.

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