Plano de Golpe: Denúncia da PGR Contra Bolsonaro Pode Ser Adiada para 2025
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Plano de Golpe: Denúncia da PGR Contra Bolsonaro Pode Ser Adiada para 2025

Paulo Gonet Branco Alega Dificuldade em Finalizar Análise do Caso Ainda Neste Ano

 

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, manifestou a interlocutores que é altamente improvável que consiga concluir a análise dos documentos apresentados pela Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito que apura um suposto plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. O processo, de complexidade ímpar, envolve a investigação de crimes de extrema gravidade.

Bolsonaro encontra-se indiciado por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, conspiração para golpe de Estado e formação de organização criminosa. Embora se aguarde com grande expectativa o oferecimento de denúncia contra o ex-presidente e outros coautores do alegado esquema, o procurador-geral ainda considera necessário um aprofundamento meticuloso da análise das 884 páginas do relatório final da PF, o que exige tempo adicional.

A revisão do extenso material, que abarca um conjunto abrangente de investigações conexas, não se limita à apuração dos planos contra as altas autoridades mencionadas. A Procuradoria-Geral da República também levará em consideração outros processos em andamento, como o extravio de joias de origem saudita e a fraude no cartão de vacina. O relatório final da PF, que reúne essas evidências, será remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) na próxima semana, dando seguimento à apuração.

Diante da vasta complexidade do caso, a Procuradoria-Geral da República possui a prerrogativa de, além de apresentar as denúncias, optar por arquivá-las ou solicitar diligências complementares. Vale ressaltar que a decisão sobre os 37 indiciados será minuciosamente individualizada, levando em conta os aspectos específicos de cada envolvido.

Esta é a terceira vez que a Polícia Federal aponta indícios de práticas criminosas atribuídas ao ex-presidente Bolsonaro. Em julho deste ano, a corporação concluiu que o ex-mandatário cometeu os delitos de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa, ao se envolver diretamente no desvio de joias presentes pela Arábia Saudita durante seu período presidencial.

A Polícia Federal também indiciou o ex-presidente Bolsonaro, em março, pelos crimes de inserção de dados falsos e associação criminosa, em razão de sua participação em um esquema de fraude relacionado ao registro de vacinação contra a Covid-19. Esse desdobramento se soma aos outros processos em que Bolsonaro figura como indiciado, ampliando o espectro de investigações que envolvem sua conduta durante o período em que ocupava a Presidência da República.

Apesar dos múltiplos indiciamentos e das evidências levantadas pela PF, até o momento, a Procuradoria-Geral da República não apresentou denúncia formal contra o ex-presidente em nenhum dos casos, mantendo-se no processo de apuração minuciosa e avaliação detalhada das provas reunidas nas diversas frentes investigativas.

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