Bitcoin recua diante de obstáculos para superar a marca simbólica de US$ 100 mil
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Bitcoin recua diante de obstáculos para superar a marca simbólica de US$ 100 mil

Analista técnica ressalta que, diante de uma eventual continuidade no movimento de queda a curto prazo, o suporte mais próximo está fixado em US$ 91.200

 

O Bitcoin iniciou a semana em retração, refletindo dificuldades para transpor a emblemática barreira dos US$ 100 mil. Apesar do revés momentâneo, especialistas identificam sustentação nos preços em patamares elevados, sustentando que o ímpeto gerado pela recente vitória eleitoral de Donald Trump nos Estados Unidos deve seguir favorecendo a valorização do ativo digital.

Próximo às 17h (horário de Brasília), a criptomoeda apresentava desvalorização de 1,65%, cotada a US$ 94.759,45, enquanto o Ether, segunda maior cripto do mercado, registrava alta de 4,16%, sendo negociado a US$ 3.465,58, segundo dados fornecidos pela Binance.

De acordo com Ana de Mattos, analista técnica e trader afiliada à Ripio, caso o movimento descendente persista no curto prazo, o Bitcoin encontrará suporte primário na marca de US$ 91.200. Contudo, se o ativo ultrapassar essa zona de proteção, o próximo suporte significativo, de caráter mais duradouro, situa-se na região de liquidez em torno de US$ 80.400.

O grupo financeiro Julius Baer, por sua vez, pondera que, embora os preços estejam elevados e o mercado demonstre sinais de saturação, o comportamento histórico das criptomoedas sugere que este contexto pode se prolongar.

“A superação da barreira psicológica dos US$ 100 mil parece iminente. No entanto, em nossa visão, tal avanço é relativamente secundário após o alcance de US$ 99.500. Mantemos a avaliação de que os ventos contrários no horizonte de curto prazo para o Bitcoin permanecem mínimos”, destacou o grupo em nota.

Além disso, caso o Federal Reserve (Fed) adote uma postura mais conciliadora em sua reunião prevista para dezembro, os mercados poderão experimentar novos ventos favoráveis, ampliando o otimismo em torno das criptomoedas, conforme destacou o banco em análise recente.

As perspectivas para o Bitcoin no horizonte de 2025 permanecem animadoras. A possibilidade de contínuo avanço nos preços é sustentada por fatores como uma maior integração institucional e um cenário político mais receptivo ao mercado cripto nos Estados Unidos, pontua Ana de Mattos.

“Uma postura governamental pró-cripto tem o potencial de atrair em massa os investidores institucionais. Prova disso é o crescimento exponencial dos ETFs de Bitcoin, que já acumulam US$ 100 bilhões em ativos sob gestão. Desde sua estreia nas bolsas, esses fundos negociaram um volume total superior a US$ 542 bilhões, distribuído entre as 11 gestoras que os operam”, ressalta a analista.

O cenário, portanto, combina fatores técnicos, institucionais e macroeconômicos que indicam que o Bitcoin poderá continuar consolidando seu protagonismo como ativo estratégico tanto para investidores individuais quanto corporativos.

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