A UnB agora tem cotas para pessoas trans! Se liga na novidade!
A partir de 2025, a Universidade de Brasília (UnB) vai reservar 2% das vagas em seus mais de 130 cursos de graduação para pessoas trans. Sim, é isso mesmo! Essa decisão histórica foi aprovada na última quinta-feira (17) e vai contemplar pessoas que se identificam como travestis, mulheres e homens trans, transmasculinos e não-bináries.
A universidade, que já tinha sido pioneira lá em 2003 com as cotas para pessoas negras e, mais recentemente, com as cotas étnico-raciais para pós-graduação, agora avança ainda mais! “Esse é um momento pra lá de especial, não só pra UnB, mas também pro Distrito Federal,” comemorou o vice-reitor Enrique Huelva, que presidiu a reunião que aprovou essa mudança.
E quando isso começa? As cotas vão valer a partir do vestibular de agosto de 2025, ou seja, para quem entrar no primeiro semestre de 2026. Ah, e se você for prestar o Enem ou tentar outra forma de ingresso, pode ficar tranquilo, porque essa medida também vai se aplicar a esses casos!
Agora, se liga como vai funcionar: a pessoa trans que optar pela cota só vai usar essa vaga se não conseguir uma pela ampla concorrência. E se sobrarem vagas dessa ação afirmativa e não tiver ninguém trans classificado, elas vão ser destinadas para a ampla concorrência de novo, como explicou Diêgo Madureira, decano de Ensino de Graduação da UnB.
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Próximos passos e fortalecimento das cotas trans na UnB
Com a nova resolução em vigor, o trabalho agora será conduzido pelo Comitê Permanente de Acompanhamento das Políticas de Ação Afirmativa (Copeaa) da UnB. O Copeaa vai cuidar da criação de procedimentos para as bancas de heteroidentificação de candidatos e candidatas trans, similar ao que já ocorre nas cotas étnico-raciais para estudantes pretos, pardos e indígenas. Essas bancas têm o papel de confirmar a autodeclaração das pessoas, garantindo a correta aplicação das cotas.
Com essa iniciativa, a UnB se alinha a outras universidades federais que já adotaram cotas para pessoas trans, como a Universidade Federal do ABC (UFABC), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Universidade Federal da Bahia (UFBA) e Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Vale lembrar que, desde 2017, a UnB assegura o uso do nome social para pessoas trans e travestis em toda a sua comunidade acadêmica. Em 2021, deu mais um passo importante ao reservar 2% das vagas de estágio para esse público.
A universidade também já está expandindo as cotas trans para seus programas de pós-graduação. Alguns desses programas, como os das faculdades de Direito, Comunicação, Economia, Administração, Contabilidade e Gestão Pública, além dos institutos de Artes e Psicologia, já incorporaram políticas inclusivas para pessoas trans e travestis.
O cenário é promissor, mas ainda há muito a se fazer. A luta pela inclusão e permanência dessas pessoas no ambiente universitário segue firme, e a UnB está comprometida em avançar cada vez mais nesse caminho.