Arritmia Cardíaca: Sintomas e Diagnóstico
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Arritmia Cardíaca: Sintomas e Diagnóstico

O jogador uruguaio Juan Izquierdo faleceu na noite de terça-feira (27), cinco dias após sofrer uma parada cardíaca provocada por uma arritmia. O zagueiro encontrava-se internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

As arritmias cardíacas são um grupo de condições que alteram o ritmo do coração, resultando em batimentos muito rápidos, muito lentos ou irregulares.

“O ritmo sinusal normal do coração é regulado por estruturas elétricas automáticas que coordenam seus batimentos,” esclarece Alexsandro Fagundes, cardiologista e presidente da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (Sobrac). “Essas estruturas podem causar variações no ritmo cardíaco, originando diversas arritmias com diferentes graus de gravidade,” acrescenta.

Roberto Kalil, cardiologista e apresentador do CNN Sinais Vitais, afirma que arritmias podem ocorrer em qualquer idade e possuem diversas causas e tipos. “Existem arritmias benignas, que não representam risco de vida, e arritmias malignas, que podem levar a paradas cardíacas e morte súbita,” explica o especialista.

 

Sintomas Comuns de Arritmias Cardíacas

A manifestação dos sintomas das arritmias cardíacas pode variar substancialmente conforme o tipo e a gravidade da condição. Segundo o Manual MSD, algumas pessoas percebem alterações no ritmo cardíaco, denominadas palpitações, enquanto outras não apresentam essa sensação.

Conforme o HCor, os sintomas habituais das arritmias incluem:

– Palpitações
– Escurecimento da visão
– Tontura
– Desmaios
– Mal-estar
– Dor torácica
– Dispneia
– Sudorese
– Palidez

A presença desses sintomas exige uma intervenção e tratamento imediato para a arritmia.

 

Diagnóstico de Arritmias Cardíacas

O diagnóstico de arritmia cardíaca é tipicamente efetuado por meio do eletrocardiograma (ECG), um exame que identifica desvios no ritmo normal do coração, avaliando se as palpitações são rápidas, lentas, regulares ou irregulares, e se são de curta ou longa duração.

Em determinadas situações, emprega-se o Holter, um dispositivo de ECG portátil que monitora continuamente o ritmo cardíaco, permitindo a detecção precisa do momento em que ocorre uma palpitação.

 

Tratamento e Prevenção de Arritmias Cardíacas

Conforme esclarecido por Fagundes, a abordagem para prevenção e tratamento da arritmia cardíaca é individualizada conforme o diagnóstico específico.

“É possível identificar riscos em diversos cenários, como alterações no eletrocardiograma, que podem necessitar de correção via ablação por cateter, como no caso da síndrome de Wolff-Parkinson-White, uma condição congênita que altera o ritmo cardíaco. Outros sinais podem indicar defeitos cardíacos resultantes de infarto ou miocardite, podendo exigir a implantação de um marca-passo ou desfibrilador, dispositivos subcutâneos que regulam a frequência cardíaca e controlam arritmias,” detalha o especialista.

Para arritmias ventriculares graves, o tratamento deve ser urgente, configurando uma emergência crítica. “Se o paciente ainda estiver consciente, deve ser rapidamente atendido com acesso vascular para oxigênio, monitoramento, medicação antiarrítmica e um desfibrilador externo disponível para reverter a arritmia,” enfatiza Fagundes.

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