Aumento de 0,66% nos Preços ao Produtor no Brasil em Setembro: Oitava Alta Consecutiva
ECONOMIA

Aumento de 0,66% nos Preços ao Produtor no Brasil em Setembro: Oitava Alta Consecutiva

No mês de setembro, os preços ao produtor no Brasil registraram uma elevação de 0,66%, mantendo a mesma taxa observada em agosto e consagrando-se como a oitava alta consecutiva, conforme noticiado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 30.

Esse desempenho resultou em uma acumulação de 6,06% no Índice de Preços ao Produtor (IPP) ao longo dos últimos 12 meses.

O IPP, que avalia a variação dos preços de produtos na “porta da fábrica” — isto é, desconsiderando impostos e frete — abrange 24 atividades das indústrias extrativas e de transformação.

Dentre as 24 atividades analisadas, o IBGE destacou que 17 apresentaram um crescimento em setembro em comparação a agosto.

“O IPP de setembro dialoga com o cenário observado em agosto, não apenas devido à equivalência nas taxas de variação (0,66%), mas também em virtude de a principal influência sobre o resultado ter advindo de bens de consumo não duráveis”, comentou Felipe Câmara, analista responsável pelo IPP.

“Assim como no mês anterior, a produção alimentícia foi crucial para a variação positiva dos preços na indústria como um todo”, acrescentou.

As principais influências no resultado do Índice de Preços ao Produtor (IPP) de setembro foram exercidas pelos alimentos (0,90 p.p.), seguidas pelas indústrias extrativas (-0,27 p.p.), refino de petróleo e biocombustíveis (-0,13 p.p.), e pelo setor de papel e celulose (-0,10 p.p.).

Por outro lado, as maiores variações negativas foram observadas nas indústrias extrativas (-5,85%), seguidas pelos alimentos (3,70%), papel e celulose (-2,99%), e calçados e produtos de couro (-2,01%).

“A dinâmica da indústria alimentícia pode ser atribuída ao aumento nos preços da carne bovina e do açúcar VHP. No que tange à carne, verificou-se uma redução na área destinada à pastagem em decorrência da seca e das queimadas dos últimos meses”, elucidou Câmara.

O analista acrescentou que o açúcar VHP está atravessando um período sazonal. “O principal ciclo de colheita do produto está se encerrando. Além disso, a produção está sendo afetada por condições climáticas adversas, resultando em uma oferta reduzida de cana para processamento”, concluiu.

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