Bárbara Domingos coloca Brasil no holofote e escreve seu nome na história da ginástica rítmica
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Bárbara Domingos coloca Brasil no holofote e escreve seu nome na história da ginástica rítmica

Até pouco tempo atrás, a primeira prateleira da ginástica rítmica era um sonho distante para o Brasil. O sonho, porém, foi se tornando cada vez mais palpável, muito em parte por causa de uma curitibana aguerrida. Aos 24 anos, Bárbara Domingos coleciona pioneirismos e escreve sua história no esporte.
Em 2023, ela viveu o melhor ano da carreira até então, conquistando feitos inéditos para o Brasil e até a América Latina. Os resultados só confirmaram o status que já lhe cabia há algum tempo de principal nome da ginástica rítmica individual do país.
Babi tem tudo para atingir o melhor resultado individual do Brasil na rítmica nos Jogos, possivelmente superando o 23° de Natália Gaudio na Rio 2016.
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A jornada para alcançar este lugar, porém, teve altos e baixos, com vitórias e frustrações. Mas foi exatamente essa trajetória que a levou à tão sonhada vaga olímpica em Paris 2024.


Babi Domingos tem Daiane dos Santos como inspiração

Essa história começou lá atrás, quando Babi tinha somente cinco anos. E uma pessoa em especial teve um papel muito importante no início da carreira da curitibana: Daiane dos Santos.
Ao ver a ginasta pela televisão, se apaixonou pela ginástica artística e não perdeu tempo. Começou a treinar e dar os primeiros passos no esporte, inclusive ao lado de Daiane no centro da CBG (Confederação Brasileira de Ginástica), que era em Curitiba na época.
No entanto, Bárbara Domingos acabou tomando um rumo inesperado. O encanto com um treino da seleção de rítmica tiraram Babi da ginástica artística e a levou para a modalidade ‘irmã’.

Da frustração à glória: a superação de Babi Domingos de Tóquio a Paris

Ao longo dos anos, Bárbara foi se estabelecendo como uma das principais ginastas do país, ao lado principalmente de Natália Gaudio. Em 2019, a curitibana viveu seu melhor momento na carreira até então, quando despontou no cenário internacional. Participou dos Jogos Pan-Americanos pela primeira vez e já voltou para casa com uma medalha de prata na fita, seu aparelho preferido. E meses depois, conseguiu mais um feito histórico: terminou na 31ª colocação no Mundial em Baku, o melhor desempenho do país na competição até então.
Os anos seguintes, porém, trouxeram alguns desafios, mas muitas glórias. A começar pela pandemia de coronavírus, que adiou as competições e os próprios Jogos de Tóquio. Babi aproveitou, então, a quarentena para tratar uma lesão no quadril que já a incomodava há algum tempo.
O tratamento foi conservador, baseado em fisioterapia, e ela voltou às competições buscando a vaga em Tóquio 2020, mas acabou não conseguindo a classificação. Apesar da frustração, Babi não se deixou abalar e fez história novamente. Ela se tornou a primeira brasileira a avançar à final do individual geral em campeonatos mundiais, com a 13ª posição, superando sua própria marca de anos atrás.
Depois disso, no final de 2021, optou por passar por uma cirurgia no quadril para resolver a lesão de uma vez por todas. Foram oito meses longe dos tablados, mas o retorno não poderia ter sido melhor.

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