Dormir mais no fim de semana pode reduzir em 20% o risco de doenças cardíacas
A privação de sono foi avaliada por autorrelato dos participantes, ou seja, os próprios indivíduos indicaram se estavam com um número reduzido de horas de sono. Esta condição foi definida como dormir menos de 7 horas por noite.
O estudo revelou que 19.816 participantes (21,8%) foram classificados como sofrendo de privação de sono. Os demais participantes apresentaram episódios ocasionais de sono inadequado, mas, em média, suas horas de sono diárias não se enquadraram nos critérios de privação.
Para avaliar a saúde cardiovascular, os pesquisadores examinaram registros de hospitalização e causas de morte. Esses dados possibilitaram a identificação de diagnósticos como doença cardíaca isquêmica (DIC), insuficiência cardíaca (IC), fibrilação atrial (FA) e acidente vascular cerebral (AVC).
Os pesquisadores realizaram uma análise ao longo de 14 anos. Constatou-se que os participantes com sono mais compensatório (grupo 4) apresentaram uma redução de 19% no risco de desenvolver doenças cardíacas em comparação com aqueles com sono menos compensatório (grupo 1).
Entre os indivíduos com privação crônica de sono, aqueles que lograram compensar o sono durante os finais de semana apresentaram uma redução de 20% no risco de desenvolver doenças cardíacas, em comparação com aqueles que não conseguiram essa compensação. A análise não revelou diferenças significativas entre os sexos.
“O nosso estudo demonstra que, para a considerável fração da população moderna que enfrenta a privação de sono, aqueles que obtêm uma recuperação adequada de sono durante os finais de semana possuem taxas de doenças cardíacas substancialmente mais baixas em comparação com aqueles que não compensam o sono”, declara Zechen Liu, coautor da pesquisa e pesquisador do Laboratório Estatal de Doenças Infecciosas.