“Kid Preto”, suspeito de participar de plano para assassinar Lula, será ouvido pela Polícia Federal na quinta-feira (28)
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“Kid Preto”, suspeito de participar de plano para assassinar Lula, será ouvido pela Polícia Federal na quinta-feira (28)

Defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo afirma que o militar ainda não foi intimado até o presente momento

 

O tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, integrante do Exército Brasileiro, deverá prestar depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima quinta-feira, dia 28, em virtude de sua alegada participação em um plano orquestrado para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSD) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo informações divulgadas pela PF, Bezerra integra o seleto grupo de elite das Forças Armadas conhecido como “kids pretos”. A defesa do militar, entretanto, sustenta que até o presente momento ele não foi formalmente intimado para comparecer à investigação.

Preso no Rio de Janeiro, o tenente-coronel é o único alvo da operação “Contragolpe”, deflagrada na última terça-feira, dia 19, que ainda não foi formalmente indiciado no relatório encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esse depoimento tem como finalidade complementar o relatório já encaminhado, que culminou na inclusão dos nomes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e dos ex-ministros Walter Braga Netto e Augusto Heleno, sob a imputação de delitos gravíssimos, como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, a tentativa de golpe de Estado e a formação de organização criminosa.

Em resposta à solicitação de informações, a defesa do tenente-coronel Bezerra reiterou que até o presente momento não recebeu qualquer notificação formal acerca do interrogatório previsto para a próxima quinta-feira.

 

Operação Contragolpe

Na última terça-feira, dia 19, a Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação de envergadura contra uma organização criminosa que estaria por trás do meticuloso planejamento de assassinatos contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Conforme apurado pela PF, o grupo, composto majoritariamente por militares das Forças Especiais, conhecidos como “kids pretos”, tinha como objetivo implantar um golpe de Estado com a finalidade de impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022. A operação criminosa, com ares de insurgência, estava sendo conduzida sob a codinome “Punhal Verde e Amarelo”.

Os assassinatos dos alvos mencionados estavam previstos para ocorrer no dia 15 de dezembro de 2022, um intervalo de apenas três dias após a diplomação de Lula pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O relatório elaborado pela PF e remetido ao STF conclui, de forma inequívoca, que o ex-presidente Jair Bolsonaro tinha “pleno conhecimento” das intenções do grupo, configurando a sua possível cumplicidade no projeto golpista.

Agora, o referido relatório será encaminhado pelo STF à Procuradoria-Geral da República (PGR), que, após rigorosa análise, decidirá se formaliza a denúncia contra os indiciados, dando seguimento a um processo de imensurável relevância para o Estado Democrático de Direito.

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