Messi é ou não é autista? Entenda essa história
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Messi é ou não é autista? Entenda essa história

Com a Copa do Mundo, e o protagonismo do atleta argentino, essa ‘tese’ voltou a circular. As primeiras histórias relacionadas a esse fato começaram a surgir em 2013

O modo muitas vezes mais reservado e sem tantas demonstrações de emoção com que o craque Lionel Messi, 35 anos, costuma se manifestar ao longo de sua trajetória no futebol, sempre levou a vários questionamentos e repercussões nas redes sociais. Entre eles, um ganhou espaço na imprensa mundial: a de Messi ser autista.

Com a Copa do Mundo, essa ‘tese’ voltou a circular. Vale lembrar que as primeiras histórias em torno desse assunto começaram a surgir em 2013.

Para entendermos o motivo é importante fazer um rápido apanhado da campanha do atleta em campo. Independentemente das inúmeras vitórias no Barcelona, Clube Espanhol, acredita-se que os fracassos com a seleção Argentina levaram o eleito melhor jogador do mundo seis vezes, a um grande incômodo. Desconforto! Vale lembrar que das quatro finais vestindo a camisa 10, não ganhou nenhuma.

O que diz o especialista?

Para o neuropediatra Thiago Gusmão, a história do atleta ser autista não procede. “A história não tem nenhum meio médico, laudo que confirme o diagnóstico, então, é uma informação que não é verídica”.

O especialista também falou a respeito das características do autismo nível 1, atribuído ao atleta.

“As características do autismo nível 1, de suporte, o autismo dito antigamente pela classificação dito leve, hoje a gente diz de suporte, é uma criança que muitas vezes atrasou e recuperou a linguagem de uma maneira mais rápida ou muitas vezes nem teve atrasos significativos na quantidade de palavras, apenas, talvez na qualidade desse discurso, mas que cursa com inteligência de um nível de QI mediano ou até mesmo um nível de QI alto, com altas habilidades”, disse.

Também no mesmo âmbito, o médico pontua aqueles comportamentos que se destacam por serem muito restritos e repetitivos e que se manifestam nas atividades rotineiras, ditas do dia a dia, como nas brincadeiras e interesses dessa criança, adolescente ou adulto.

“A parte da timidez, da introspecção, a parte da dificuldade do vínculo, de iniciar e manter uma conversa, a dificuldade muitas vezes de ter aquela sensação de pertencer ao grupo, a auto-confiança, a autoestima pode ser uma característica sim, evidente no prejuízo da interação social dos jovens, adolescentes e até mesmo crianças com o transtorno do espectro autista”.

Principais características do TEA

De acordo com Gusmão, trata-se de prejuízos, dificuldades, déficits da comunicação tanto da parte vocal (A fala propriamente dita e também não vocal. Gestos e  interpretações de mímica facial).

“Então, uma comunicação verbal, vocal e não vocal tem um prejuízo seja na quantidade ou também qualidade dessa forma que a criança está falando, associada ao segundo ponto: aos prejuízos, dificuldades na interação social no meio da família, da escola, no lazer, dificuldade de muitas vezes de pertencer ao grupo”.

Já a terceira área, está diretamente ligada aos comportamentos ditos repetitivos e restritos.

“Muitas vezes podem ser de comportamentos que se repetem de maneira muito frequente, tipo balançar as mãos, andar de um lado para o outro, andar na ponta do pé, alguns comportamentos muitas vezes com o corpo que se repete ou até interesses restritos, por algum desenho, filme, repete várias vezes algum gesto, alguma atividade que gostou, mania de organização, sempre fazer daquela mesma forma determinados caminhos, trajetos, brincadeiras, enfileirar, pontua Thiago Gusmão.

Diagnóstico tardio é cada vez mais comum

“Os médicos estão mais atentos a pensar no diagnóstico do TEA, que não é justificado apenas por um deficit de atenção, uma hiperatividade, uma timidez, uma introspecção, uma depressão, uma alteração de humor, que na verdade é um quadro que se arrasta desde da infância precoce. Um quadro que caminha com dificuldades sociais na adolescência e também na vida adulta, fazendo um diagnóstico muitas vezes tardio”, destaca.

Vale lembrar que esses históricos não têm início na vida adulta. Existe uma história prévia de muitas ou poucas dificuldades desde a fase da infância, da fase escolar, nos grupos sociais da adolescência e também na parte do trabalho e nos vínculos emocionais da vida adulta.

Fonte: Folha Vitória
Redação: https://portales.com.br/

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