Alckmin e Dilma formalizam R$ 5,7 bilhões do Banco do Brics para o Rio Grande do Sul
Em Pequim, vice-presidente e presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento também tratam de temas como G20, transição verde e fortalecimento da indústria brasileira
Ovice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, iniciou missão oficial à China e reuniu-se, nesta terça-feira, 4 de junho, com Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o Banco do Brics. Após o encontro, Alckmin e Dilma assinaram carta-compromisso de apoio ao Rio Grande do Sul. O texto formaliza a destinação de US$ 495 milhões do banco para a reconstrução do estado (equivalente a R$ 2,6 bilhões). Além dos recursos do NDB, tomadores como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Banco Regional do Extremo Sul (BRDE) vão disponibilizar outros US$ 620 milhões, totalizando US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões) em investimentos.
Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes. Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”
Geraldo Alckmin, vice-presidente da República
“Agradeço ao NDB, por meio da presidenta Dilma, por todo apoio que vem oferecendo ao povo gaúcho diante desta catástrofe sem precedentes”, afirmou Alckmin. “Tenho convicção de que a reconstrução do estado será maior que a destruição”. De acordo com a carta-compromisso, os recursos de US$ 495 milhões serão distribuídos da seguinte forma: US$ 200 milhões para infraestrutura, incluindo investimentos em rodovias, pontes, vias urbanas e outras instalações. Os outros US$ 295 milhões serão canalizados pelo BRDE e destinados às necessidades do Rio Grande do Sul. Já os US$ 620 milhões alocados exclusivamente para o estado serão concedidos por BNDES, BB e BRDE.
A presidente do NDB destacou que o mandato do banco é focado em desenvolvimento sustentável e que, diante da catástrofe ambiental no Rio Grande do Sul, o “NDB decidiu ter uma presença forte, dentro de suas possibilidades, no estado”. Dilma enfatizou o caráter flexível do banco na concessão de crédito, uma vez que nesse momento seria difícil determinar completamente os critérios de reconstrução. Ela garantiu que o banco tem mecanismos para monitorar a alocação de recursos, mas que não fará imposições sobre como devem ser utilizados. “Neste momento, é complicado prever inteiramente os critérios para a reconstrução do estado”, destacou.
TRANSIÇÃO VERDE E APOIO AO G20 – Alckmin e Dilma também trataram de temas como transição verde, crescimento econômico e as prioridades brasileiras na Presidência do G20. O vice-presidente destacou a necessidade de o Brasil seguir avançando na transição verde e de fortalecer a indústria brasileira, por meio da diversificação da base produtiva, tarefa para a qual o NDB pode contribuir significativamente. Ele afirmou ainda o desejo do governo brasileiro de seguir aprofundando as relações com o banco multilateral, de modo a garantir apoio à agenda brasileira no G20, especialmente quando se trata da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.