Qualidade da água aprimorada eleva a saúde das tartarugas marinhas da Baía de Guanabara
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Qualidade da água aprimorada eleva a saúde das tartarugas marinhas da Baía de Guanabara

As tartarugas marinhas da Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, apresentam agora um estado de saúde superior, após enfrentarem por anos uma enfermidade tumoral que prejudicava seus movimentos, visão e alimentação, frequentemente conduzindo-as à morte.

Segundo os cientistas, este progresso é resultado das medidas adotadas pelas autoridades para sanear as águas do porto natural característico da região.

Pesquisas associaram a fibropapilomatose, um tumor benigno em tartarugas marinhas, a um vírus e a fatores ambientais adversos.

Kassia Coelho, professora de anatomia patológica veterinária na Universidade Federal Fluminense, relatou que as amostras coletadas dos animais e da água indicam um ambiente significativamente mais saudável.

“Analisamos a saúde por meio de coletas de sangue e tumores das tartarugas, realizando biometria e monitoramento contínuo do crescimento dos animais ao longo dos anos”, declarou.

“Recapturamos muitas tartarugas, permitindo avaliar seu crescimento, variações de peso e a presença de tumores.”

A Baía de Guanabara, antes um vital berçário marinho, tem sofrido com o despejo de esgoto e resíduos ao longo dos anos, afetando gravemente sua fauna marinha.

Em 2022, foi revelado que três quartos das tartarugas marinhas da região apresentavam tumores.

Embora a pesquisa ainda prossiga, Gustavo Baila, oceanógrafo e professor na Universidade Federal do Rio Grande, observou uma melhora na saúde das tartarugas desde 2023.

“As tartarugas desempenham um papel crucial na conservação marinha”, afirmou. “Observamos uma alta incidência de tumores e deformidades, prejudiciais ao desenvolvimento dos animais.”

O Brasil abriga cinco das sete espécies de tartarugas marinhas existentes globalmente. Contudo, seu habitat natural é frequentemente comprometido pela ação humana, levando conservacionistas a exigir medidas mais rigorosas para proteção.

Alexandre Bianchini, vice-presidente da Aegea, empresa brasileira de tratamento de água e esgoto, revelou que aproximadamente 2 bilhões de reais foram investidos na purificação da água da área. “A natureza responde”, comentou.

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