“Resultado de políticas públicas civilizatórias”, diz Lula ao anunciar pacote de investimentos em Minas
Ao oficializar aporte de R$ 121,4 bilhões no estado, presidente reforça que é prioridade do governo investir na qualidade de vida dos mineiros numa parceria com estado e municípios
Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva pontuou nesta quinta-feira, 8 de fevereiro, durante o anúncio do pacote de investimentos de R$ 121,4 bilhões previstos via Novo PAC em Minas Gerais, que a visão do Governo Federal se pauta sempre pelo respeito ao pacto federativo e por executar e concluir obras consideradas prioritárias em cada estado.
“É uma proposta de obras públicas que começou a ser construída com a primeira convocação que fiz, em janeiro de 2023, numa reunião em que todos os governadores foram chamados para dizerem quais as obras que eram prioritárias. Os 27 compareceram e depois de algum tempo apresentaram aquilo que era considerado mais importante”, comentou o presidente.
O que a gente vai anunciar não é um pensamento do Governo Federal, mas resultado do compartilhamento de uma política pública civilizatória que resolvemos adotar
LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA
Presidente da República
“Por isso estou aqui muito à vontade para dizer que o que a gente vai anunciar não é um pensamento do Governo Federal, mas resultado do compartilhamento de uma política pública civilizatória que resolvemos adotar, porque o papel do presidente não é ficar preocupado em saber a que partido pertence o governador, mas com o povo do estado que elegeu o governador”, comentou Lula.
Fotos em alta resolução (Flickr)
Os anúncios do Governo Federal em Minas Gerais têm ênfase em energia e transição energética, saúde, educação, transportes, infraestrutura social, cultura e inclusão digital. Envolvem, por exemplo, a retomada de obras do Hospital Universitário de Juiz de Fora, o acordo de uso futuro do terreno do aeroporto Carlos Prates, em Belo Horizonte, R$ 33 bilhões em rodovias, R$ 778 milhões em aeroportos (em especial os regionais) e propostas de apoio a agricultores atingidos pela seca no Norte de Minas.
“Na minha vida de gestor aprendi que podemos pensar diferente, o que é normal, mas a boa convivência, sem extremismos, é o que vai fazer a vida dos mineiros melhorar. As obras, a geração de emprego e os investimentos não têm ideologia. O benefício é para todos”, comentou Romeu Zema, governador do estado.
Também presente ao evento, o senador Rodrigo Pacheco, presidente do Congresso Nacional, reforçou a abertura do Governo Federal às tratativas em torno de uma solução definitiva para a sustentabilidade fiscal de Minas, que enfrenta uma dívida com a União estimada em torno de R$ 160 bilhões. “O meu papel hoje é de fazer um pedido respeitoso ao presidente, que é de ter um olhar diferenciado para Minas Gerais. Um estado que tem muitas dificuldades e que precisa do seu olhar”, disse.
presidente Lula reforçou mais cedo, durante entrevista à Rádio Itatiaia, que a renegociação da dívida está em fase de estudos no Ministério da Fazenda e que há total interesse federal em equacionar a questão. “A hora que a Fazenda nos der o ok vamos conversar com o governador para saber se é possível um acordo. Não interessa a nós termos estados endividados, sem capacidade de investimento”, disse o presidente.
O evento em Belo Horizonte também contou com as presenças dos ministros Rui Costa (Casa Civil), responsável por apresentar os dados gerais de investimentos do Novo PAC em Minas, além de Alexandre Silveira (Minas e Energia), Camilo Santana (Educação), Nísia Trindade (Saúde), Renan Filho (Transportes), Esther Dweck (Gestão e Inovação), Carlos Fávaro (Agricultura e Pecuária), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), Marcio Macêdo (Secretaria-Geral da Presidência), Helder Melilo (interino – Cidades) e Paulo Pimenta (Secretaria de Comunicação Social). Os ministros ajudaram a detalhar os projetos previstos para Minas que envolvem cada uma das pastas.
Maryhanderson Ramos Ovil